sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje o blog Pino & Fita conta com a participação especial do estudante Marcello Marassini, 22 anos, que fala sobre a diversidade cultural encontrada no Parque Farroupilha (Redenção), proporcionando diversão e bem-estar aos frequentadores do local.


Diversidade e bem-estar

Todos os finais de semana, especialmente quando há sol, o Parque da Redenção, em Porto Alegre, enche de pessoas procurando por um passeio tranquilo, de um descanso em meio à natureza, em plena cidade.

Mais do que isso, elas encontram um ambiente repleto de opções de diversão, como o brick da Redenção, os eventos e os artistas de rua. Estes, em especial, fazem um show à parte, levando felicidade, alegria, curiosidade e entretenimento a todas estas pessoas, que acabam por encontrar mais do que procuravam.
São artistas autônomos, que fazem da arte um meio de sobrevivência, buscando uma oportunidade através de um talento. Eles trazem bem-estar a um público
espontâneo, totalmente heterogêneo, que se forma naquele momento, que não é tão exigente, quer apenas uns minutos de distração.

Em meio a um grupo de espectadores, encontrei a estudante Bárbara Ruschel, que convenceu seu namorado a parar por alguns instantes e observar o casal que fazia malabares próximo ao espelho d’água. Bárbara acredita que essa forma livre de expressão combina bastante com o local, pois traduz o que é o Parque: uma mistura de estilos e culturas, que enriquecem a Cidade e ainda traz um momento de diversão para quem passa.

Espalhados pela Redenção, estes artistas de rua inovam suas apresentações a cada final de semana, pois precisam desse trabalho para sobreviver, ao mesmo tempo em que se sentem satisfeitos ao trazer mais alegria às pessoas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Casamento com os malabares

O sinal vermelho aparece no alto de um cruzamento. É o código para que das duas calçadas saia um casal e pare no meio da faixa de segurança.




Ela, com uma saia e meia-calça vermelha, all star roxo e cabelos presos, chama a atenção com seu andar chapliniano e um sorriso de criança que vai pregar alguma peça em alguém. Ele, com um chapéu coco, camiseta vermelha, suspensórios verdes em um terno curto, e um nariz de palhaço pendurado no pescoço, chega à faixa de segurança com três facas. Ele joga as facas no ar e a moça, em um tom de cumplicidade cômica com os motoristas e os transeuntes que presenciam a cena, rouba seu chapéu e começa a interagir na brincadeira do palhaço. E assim começa o pequeno ato de Ito, o Palhaço e Joana Lua em mais uma rotina de trabalho nas ruas de Porto Alegre.

O casal não curte muito uma rotina, o local de trabalho deles varia. Na maioria das vezes, ficam na Avenida Goethe ou então próximos à Faculdade de Medicina da UFRGS. Casados, Ito
e Joana sustentam uma família com três filhos com o dinheiro do malabarismo. “Às vezes nós também trabalhamos em escolas, creches, aniversários, mas mais é na rua mesmo, porque festa não é sempre que tem”, diz Joana.


Ito e Joana se conhecem há seis anos. Uruguaio, ele conheceu Joana em Cassino, sul do Estado, durante uma feira do livro do qual ela participava. Ito tinha o sonho de ir para o Rio de Janeiro e, com Joana, viajaram não só para a Cidade Maravilhosa, como também para São Paulo e Minas Gerais. Começaram trabalhando com artesanato, mas, com a chegada do primeiro filho do casal, ficou difícil continuarem o empreendimento. “Fazíamos artesanato, quando tivemos nosso primeiro filho junto foi bem difícil continuar trabalhando com isso, então ele começou a fazer malabarismo e eu continuei trabalhando com artesanato e mesmo assim tava difícil continuar. Então ele pediu para que eu aprendesse.”


Ito começou a trabalhar com malabarismo dois anos antes de Joana. Desde os 18 anos já brincava em seu país natal com as bolinhas. “No meu país tinha um movimento muito popular de malabares há cerca de 15 anos. Tenho 30 anos, com 27 anos eu comecei a viver do malabarismo, antes eu fazia só por diversão mesmo. Então vi a oportunidade de ganhar um trocado, já que não tava rolando o trabalho com artesanato em Porto Alegre”, relata o artista.

Joana começou a praticar logo depois. Ela conta que no começo derrubou muito os brinquedos até conseguir executar corretamente os exercícios: “Nós somos autodidatas. Às vezes nós acessamos a internet e olhamos alguns vídeos, mas nunca tivemos aula, nem amigos com quem aprender. Fomos aprendendo errando mesmo, olhando um pro outro”. Para desenvolver melhores técnicas, Ito diz que é necessário estudar, buscar uma relação entre a arte circense e as ciências exatas: “Comecei a tentar crescer, estudar e buscar conhecimentos de Matemática, Física, Geometria, totalmente necessários para fazer malabarismo. Porque se tu é burro, não vai aprender nada. Tem que ter conhecimento, tem que estudar senão não consegue aprender.”


Além de Ito, o Palhaço, o artista tem outro personagem chamado Trevas, que trabalha com pirofagia e facas. O casal faz malabarismo com vários brinquedos, como o diabolô, claves, bola de contato, aros, monocilo e pernas de pau. Assim como os lugares onde eles trabalham - que pode ser hoje na Redenção e amanhã na Independência - o casal também não sabe se é só do malabarismo que pretende viver: “Hoje to fazendo isso, mas amanha não sei o que irei fazer. Posso fazer vestibular, uma faculdade, depois trabalhar oito horas por dia, não sei... depois de 2 anos posso estar fazendo outra coisa...”, brinca Ito.


Se você quiser entrar em contato para contratá-los em alguma festa, nosso leitor pode tentar procurá-los pelas ruas da cidade ou então ligar pra o número (51) 8473-6790.


Ouça aqui o áudio da entrevista com Joana Lua e Ito, o Palhaço.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Malabarismo Online

Ótima dica para os fãs de jogos de simulação e apreciadores dos malabares: O site publijuegos disponibiliza um simulador online, o Jsim, que ensina as bases do malabarismo, de uma forma dinâmica e interativa. Para jogá-lo é necessário ter o Flash Player instalado no computador.


Curiosidades sobre Malabares

O recorde do número de bolinhas lançadas em cascata é de 13. O feito foi realizado por Peter Bone no dia 7 de novembro de 2005.


Não deixe a bolinha cair!

Embora existam muitos tipos de malabarismo, ele geralmente consiste em manter objetos no ar, lançando e executando manobras e truques.
Os malabares de lançamentos mais comum são as bolinhas, que normalmente são apresentadas em três.

Confira abaixo o passo-a-passo das três técnicas mais comuns para o equilíbrio das bolinhas no ar:



Cascata com 3 bolas


Box


Mill's Mess

Fazendo malabarismo para sobreviver



Quem passa pela rua Dr. Vale esquina com a rua 24 de Outubro, em Porto Alegre, ao entardecer, já se deparou com uma figura carismática. De bermudas, meias ¾ e camiseta listradas, chapéu coco, gravata borboleta e maquiagem, Diogo Reis, conhecido como Ppimppas, brinca com as claves na sinaleira.

Malabarista desde 2002, Diogo era menino de rua quando conheceu pessoas que praticavam capoeira e malabares na Praça da Encol. Lá conheceu uma família proprietária de um pub, que o empregou como garçom. Dentro deste bar conheceu diversas expressões artísticas como o teatro e a música e orgulha-se em dizer que deixou de ser morador de rua por causa da arte.

Atualmente, Diogo mora em Alvorada e agora trabalha só com malabarismo pelas sinaleiras da Capital, em festas de aniversário e também em casas noturnas quando o chamam. Brincando com as claves na esquina do Instituto Goethe, ele consegue pagar suas contas, porém reclama da baixa temporada de festas.

Seu sonho agora é montar uma agência própria ao contrário dos conselhos dados por amigos, de procurar um emprego de carteira assinada. “Um sonho a gente não deve levar como um hobby, tem que levar a sério”, comenta Diogo, não cogitando a ideia de trocar de profissão.


Ouça aqui o áudio da entrevista com o malabarista Ppimppas.


Para quem quiser contratar o Diogo para festas, o contato é
Telefone: (51) 9639.1320
E-mail: ppimppas@hotmail.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Aviso!



O post abaixo não possui relação com o contexto inicial do blog. A matéria sobre os Telecentros foi realizada para o trabalho acadêmico da cadeira de Jornalismo Digital da PUCRS.